segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Monologo I: A chama


Prefiro o ímpeto do monológo do que a impetuosidade da poesia! Luciana Lira

A chama que se aquece, se esquece!
A chama da mulher que espera por seu amor
A chama do fogão
O ferro de passar e o seu calor...

Mas quem apaga a chama da mulher
Que procura por seu amor?
A chama do fogo tem o seu botão
O ferro de passar tem o seu botão
E qual é o botão da mulher?

É a traição?!
Se ela é traída apaga-se sua brasa infinita
Se ela é traída se esquece do amor, inimiga
Inimiga de seus próprios desejos
A traição a cerca nos lugarejos do seu coração
E ela trai: para se esquecer e sua brasa acender!
Surge uma nova paixão: ilusão!

O fogo, a chama e a paixão
Com a água se detêm
Na água nasce o romance e o ópio
O amor e o ócio
Que a espera de alguém pode provocar:

Delírios, devaneios, deleite, delitos
De um, algum lugar
De um, algum alguém
Nalgum, nenhum
Apenas um: o amor

Um comentário:

  1. Parabens, que poesia fantastica....
    aposto que vc a fez em um daqueles dias de ira da alma, são as melhores.

    ResponderExcluir