quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Monologo IV- Caminhos
Por Luciana Lira

Siga a estrada, siga seus caminhos
Não há instinto que não te leve
Eleve seus pensamentos, descubra-se
Olhe no seu interior, desnuda-se

Há quem sirva como obstáculo
Há quem diga que há uma luz
Não importa as incertezas
Quais mistérios a desvendar
Há rumos e proezas a se conquistar

Desvenda-se os olhos, uma leve lembrança
Passado e presente se encerram
Com o toque de nostalgia
É o futuro que reserva as alegrias
É o momento que propaga o resultado do futuro
Onde as tristezas se dilaceram.
Monologo III- A fissura
Por Luciana Lira

A nossa fissura é reveladora
Do caos, do imutável desconhecido
Que reside dentro de cada devaneio
Entre linhas adjacentes que se cruzam
Entre dormentes, numa mente devoradora

Do sabor, adocicado e suculento
Dos lábios adornados em mel
Do aroma impregnado de perfume
Suave e delicado como a brisa do vento

Que não destempera o calor dos corpos
E não acessa o fevor profundo da pele
Que não cessa com palavras e entrelinhas
Nem com olhares, vozes e delírios
Antes triunfa nas aventuras e desejos
E se enaltece com a malícia e seus segredos

Qual se esconde entre sutilezas e êxtases
Na trama que se constrói dia a dia
Que enreda os mistérios e as vontades
Na fissura e nos sonhos que desatinam a vida

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Voltaire e eu

Conheci o dito cujo numa mesa de Fausto & Manuel, apresentado pelo Faraó da Leitura.
A principio estava meio contido em seu mundo ou o destino de Zadig. Mas aos poucos fora se relevando...mas não o permiti, pelo menos naquela noite...
Dia seguinte, estava meio anisosa, por onde estaria Voltaire? Estaria por outros caminnhos, com outros sorrisos e abraços?Me bateu uma saudade...
Encontrei-o, um pouco misterioso, mas ali estava esperando-me para se revelar...o que me diria afinal?
Seria o momento apropriado?
Deveria...?
Eis que me declara abertamente:
" Não desesperes, meu filho: era uma vez um grão de areia que se lamentava de ser um átomo ignorado no deserto; ao cabo de alguns anos tornou-se diamante, e e agora o mais belo ornamento da coroa do rei das Índias!"

Monologo I: A chama


Prefiro o ímpeto do monológo do que a impetuosidade da poesia! Luciana Lira

A chama que se aquece, se esquece!
A chama da mulher que espera por seu amor
A chama do fogão
O ferro de passar e o seu calor...

Mas quem apaga a chama da mulher
Que procura por seu amor?
A chama do fogo tem o seu botão
O ferro de passar tem o seu botão
E qual é o botão da mulher?

É a traição?!
Se ela é traída apaga-se sua brasa infinita
Se ela é traída se esquece do amor, inimiga
Inimiga de seus próprios desejos
A traição a cerca nos lugarejos do seu coração
E ela trai: para se esquecer e sua brasa acender!
Surge uma nova paixão: ilusão!

O fogo, a chama e a paixão
Com a água se detêm
Na água nasce o romance e o ópio
O amor e o ócio
Que a espera de alguém pode provocar:

Delírios, devaneios, deleite, delitos
De um, algum lugar
De um, algum alguém
Nalgum, nenhum
Apenas um: o amor

Monologo II-Oportuna-idade

O tempo à espera da vida
Dá à vida oportuna-idade
Momentos únicos
Tempos eternos
Terno caminho
Não há barreiras ou espinhos
Não há fogueira das vaidades

Mas se perder oportuna-idade
Em qual tempo resgatará
O oportuno momento
Na flor da idade
Desviará o seu caminho
Não há brotos e sim espinhos
Conturbando a felicidade