quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Cotidiano


Foto: Graciela Iturbide


Ao redor: tudo tão prosaico
No âmago: algo interminente
Como as chuvas que vem na primavera
Desvanecem na poemia...

* Poemia= o que designo como poesia boemia....

Bienvenue à la vie réelle!!!!Célébrer la jeunesse!
"De vin, de poésie ou de vertu, à votre guise" Baudelaire


Luciana Lira

domingo, 28 de agosto de 2011

in-Orgânico




Sinto a vida muito mais próxima a terra, como mais próxima à morte, pois orgânicos somos...Pureza, organicidade reside nesse encontro de elementos:
água... que flui mantendo o fluxo da vida;
ar... que oxigena e liberta os pulmões para renovação vital;
solo... que alimenta e que conforta os resíduos;
o plumoso fogo... e sua diversidade que intercepta cada dos elementos, proporcionando a energia e o calor que nutre e extermina o orgânico....e o traz às cinzas como originalmente se formou.
Entrementes: in-Orgânico.



O sex appeal do inorgânico. Mario Perniola

O sentir inorgânico e as formas deslocativas das novas materialidades eletrônicas-digitais
(Prof. Dr. Mesac Roberto Silveira Jr.)

A máquina / corpo / cidade que apresenta, representa, encarna, mostra, corporifica?
A aceitação do simulacro das identidades, das vozes, dos sons, das imagens.
O sex appeal de uma tela que apresenta o real manipulado (Baudrillard e a foto da criança: “você não viu nada,...precisa ver as fotos dela”).
Além da ética e da estética.


1. Novas materialidades-orgânicas e inorganicidades-vivas que transitam na fronteira entre coisa e imagem, entre imagem e sujeito.

2. Um novo tipo de materialidade. Um gênero todo especial de coisa, que não tem nada mais a ver nem com o utensílio nem com o objeto industrial: uma coisa videomática, na qual o saber, a sua conservação e a sua transmissão permanecem estritamente conjuntos.

3. Uma nova sociedade transorgânica na qual as relações sociais eletronicamente mediadas delineam-se como expressões de formas técnicas da existência, caracterizada pela transitividade fluída do sujeito no objeto e do objeto no sujeito.

4. Exotopia: condição de encontrar-se fora de si, e a prática de deslocar o centro da experiência ao externo, isto é, na consciência e no sentir do outro.

5. As tecnologias digitais e as novas mídias multiplicam espacialidades e pluralizam geografias criando formas expansivas da existência: formas sintéticas da virtualidade.

6. Fluxos comunicativos contínuos entre as formas híbridas de máquinas, pensamentos e subjetividades.

7. Externalização da experiência do sujeito.

8. Novos tipos de inorganicidades sintéticas vivas.

9. A pós identidade das carnes híbridas do corpo.

10. Fronteiras identitárias em nossa contemporaneidade mutante.

11. Condições extraidentitárias.

Rio abajo Rio


Somos seres que por instinto e por egoísmo buscamos primeiro o caminho das pedras e depois do auto-conhecimento? Não sei,mas é fato que a nossa auto-percepção aumenta nos momentos mais difíceis e tortuosos.Nos encorajamos, exercitamos a nossa liberdade, aperfeiçoamos a alma para a sabedoria, com requintes de nobreza de espirito.
Pra começar essa viagem...I don't live today( Hendrix ) e pé na estrada.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Confusion



Inspiration, destruction, confusion
I want to hit the road
His light is like fire,
Illuminates the dreams of my heart
I want to find the way
when it's possible ... when I can't resist
I want to find the way
I want to hit those points in time
without looking around
without hesitation
don't remain in doubt
don't remain in time
waiting for a response
waiting for my desire
is only one point of view
is only a suggestion
when you close your eyes
et meet up with my thoughts
allow yourself to feel
insane moments of existence
Insane times...Inside you

quarta-feira, 4 de maio de 2011

dualogando


Sim, você se pegou lendo a uma hora dessas esse texto é porque você, como eu, não tinha algo interessante a fazer...pior você sofre de uma dualidade incessante, que apenas você conhece..essa ambigüidade,essa dualidade existencial que consegue deixar uma pessoa tão confusa quanto o trânsito na Bolívia, é de deixar estarrecido...e as pessoas, à volta, confusas, curiosas ou estranhamente identificadas, pois como imã do além as pessoas com essas características teimam em se esbarrar pelas esquinas da vida e se atropelarem pelas becos sem saída, pois além de procurarem respostas eloqüentes para sua razão insana procuram viver na normalidade como indivíduos observadores do mundo. Sim, mais parecem altistas do que pessoas comuns que vivem...vivem sim...claro com a cabeça longe e olhar no presente.Por isso que chupar cana e assobiar não dá certo...

domingo, 3 de abril de 2011

Reflexões sobre a intolerância I



Há algum tempo não me interessa escrever. Expor alguma expressão tornou-se mais difícil do que percorrer uma maratona de São Silvestre ou assistir a uma final de campeonato com o Fla-Flu....parecia que surfar estava mais fácil (embora resida a milhas de distância de uma praia) do que dizer algo...por que?
Simples: a linguagem escrita não transmitia nem metade do que costumava pensar e tornava-se árdua a tarefa de transcrever sensações, idéias ou algo semelhante. Mas o blog existe, é fato, fazer o quê.....mas ser indiferente ao mundo é mais difícil do que escrever...então começarei novamente...
Estou invocada com o mundo, com as pessoas. A minha resignação deve-se principalmente ao perceber determinadas tolices, é uma delas é a intolerância. O que é afinal intolerância...??? Ao perguntar-me isso, questiono se também não estou sendo intolerante e portanto tola. Mas vale a pena descobrir a resposta.
Se a intolerância pode ser definida como atitude decorrente da inabilidade de respeitar e conviver com as diferenças, então somos intrinsicamente intolerantes, porque tudo o que é novo e diferente nos causa certo temor e preconceito. Se sua fonte é cultural ou religiosa, o fato é que somos intolerantes com tudo aquilo que não pertence ao nosso mundo, que não é adaptável a nossa percepção e que não consentimos conviver...para começar essa reflexão e abrir espaço para outras mais, inicio essa primeira parte com uma citação muito pertinente do Dostoievski ,com a metáfora do grande inquisidor...o qual tem conduzido minhas novas percepções...
“... queres ir para o mundo de mãos vazias, pregando aos homens uma liberdade que a estupidez e a ignomínia naturais deles os impedem de compreender, uma liberdade que lhes causa medo, porque não há e jamais houve nada de mais intolerável para o homem e para a sociedade! Vês aquelas pedras naquele deserto árido? Muda-as em pão e atrás de ti correrá a humanidade, como um rebanho dócil e reconhecido, tremendo, no entanto, no receio de que tua mão se retire e não tenham eles mais pão”
Somos intolerantes porque tememos a liberdade??

domingo, 17 de outubro de 2010

Process


Onde encontra o botão on/off?
È possível trocar o chip?
Reprogramar
Deletar
End
Go
Qual direção?
Start ou Pause
Processa....
Cada linha...
Em cada palavra
O silencio
Processan....
Cada ato
Cada olhar
Um desafio
Processand
Ctrl
Page up ou page down?
Sair da superfície de um ...
È mergulhar na profundeza do outro?
Emergir
Renascer
Viver
Processando.

domingo, 29 de agosto de 2010

Mosaico parte I


Que bom seria viver numa espécie de casulo, onde a parte externa do mundo não interferisse na metamorfose, no crescimento....
Mas exposto ao mundo, os questionamentos inquietam, pois não há esboços definidos de respostas, não há sinceridade explícita....porque tudo está guardado em algum lugar da lembrança, é improferível.
As memórias esvaem-se dia a após dia, e agarrá-las e guardá-las já não interessam mais...
Interessam-se somente a consciência do presente, o não domínio do tempo, o impudor, a sensatez ou até o inatismo se necessário for.....mas a vivência requer mais, articuladamente, a manifestação do que poderia estar encasulado....

Imagem de Escher

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Contrastes


(Imagem de Escher)
Preto ou branco
Sol ou lua
Alto ou baixo
Triste ou alegre
Manso ou irado
Som e silêncio

A vida tem seus contrastes...
Desastres, tropeços e chão
Sonhar pouco é ilusão?
Ou agir é a solução...

Quem se acomoda com muito
Esquece de ousar...
Quem se acomoda com pouco
Esquece de sonhar

Apenas o momento provoca a ação
Apenas o tempo evade a reação
O esquecimento promove a paz
A indiferença desperta a omissão

Agir depende apenas do equilíbrio
e dos contrastes de razão e emoção.
Sonhar independe dos contrastes
Mas infunde-se neles involuntariamente,
Ilimitado é o desejo
Imoderada é a mente.

sábado, 5 de junho de 2010

Apenas real


O abstrato ainda resiste ao concreto....
Eu resisto a você e você a mim
Mas não importa agora
Não estamos prontos para o desafio
Sou apenas o silêncio
E você apenas o som