domingo, 23 de novembro de 2008

O tempo é algo complexo e paradoxal, mas que vez ou outra costumamos refletir e obter(ou não, na maioria das vezes) algumas respostas...um achado sobre essa reflexão, de Prigonine, que em O fim das certezas, cita Borges, explicitando essa ambivalência que nos angustia, mas que nos torna mais ousados pela vida:
"E, no entanto, negar a sucessão do tempo, negar o eu, negar o universo astronômico são desesperos aparentes e consolos secretos[...]O tempo é a substância de que sou feito. O tempo é um rio que me arrebata, mas eu sou o rio; é um tigre que me destroça, mas eu sou o tigre;é um fogo que me consome, mas eu sou o fogo. O mundo, desgraçadamente é real, e eu desgraçadamente sou Borges. O tempo e a realidade estão irredutivelmente ligados. Negar o tempo pode parecer um consolo ou aparecer como o triunfo da razão humana, é sempre uma negação da realidade. A negação do tempo foi uma tentação tanto para Einstein, o físico, quanto para o Borges, o poeta...

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