
Apenas silêncio
Um vulcão inativo
Até as palavras escapam das linhas
Porque as linhas não traduzem, não há expressão
Não há linguagem para solidão
Mulher em transição, é ser quase vulnerável
As vezes nas nuvens, às vezes com o pé no chão
Constrói um caminho, esbarra na desilusão
Quem a espera, ou que esperará?
Os dias ensolarados do outono que cegam teus olhos
As noites de lua que alimenta seu coração
És frágil, porém luta em cada instante
Porque a liberdade traduz a sua ambição
Mas não és livre do mundo
Oprime-se no seu universo
Insandecida procura razão
E na razão a insanidade dos versos
Os quais eloqüentemente fogem de si
Como lobos à caça da sua melhor refeição.